A Importância dos Fatores Experimentais na Medição com Placa de Orifício

Na medição com placa de orifício, dois fatores experimentais desempenham papéis cruciais no algoritmo: o Coeficiente de Descarga e o Fator de Expansão. O Coeficiente de Descarga corrige as discrepâncias entre os valores de escoamento reais e aqueles obtidos pelas equações de conservação de massa e energia. O Fator de Expansão, por sua vez, ajusta a mudança de densidade que ocorre ao passar pelo orifício, devido à variação da pressão e da temperatura. Ambos estão implementados nos computadores de vazão através de equações de regressão baseadas em valores experimentais.
Essa dependência dos fatores experimentais torna as condições do projeto da placa e dos trechos retos extremamente críticas. Os sistemas devem ser configurados para se alinhar às mesmas condições dos ensaios realizados; portanto, não existe um estado de “meio conforme”. Eles devem atender a todos os critérios ou não atender.
Devido à natureza dos ensaios e à regressão, é importante notar que há incertezas significativas associadas a esses dois parâmetros. As normas pertinentes mencionam essas incertezas, conforme ilustrado na figura. É crucial projetar as placas de orifício com um valor de beta preferencialmente entre 0,2 e 0,6, pois fora desses limites, a incerteza aumenta drasticamente.
Além do coeficiente de descarga e do fator de expansão, várias outras incertezas devem ser consideradas, incluindo o próprio beta, as variáveis medidas (pressão estática, diferencial e temperatura), os parâmetros dimensionais (diâmetro da linha e da tubulação) e os cálculos de densidade e compressibilidade. Portanto, chama a atenção quando encontramos memoriais de incerteza apresentando valores extremamente baixos, indicando uma possível falta de rigor na avaliação.

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