Os computadores de vazão são frequentemente comparados a caixas registradoras nos sistemas de medição de petróleo e gás (O&G). Contudo, sua função vai muito além da simples totalização dos volumes fiscais e de custódia. Esses dispositivos são equipados com algoritmos que se relacionam diretamente com os modelos matemáticos das tecnologias de medição utilizadas, como AGA#3, AGA#7, AGA#8, AGA#11, API#11.1, API#11.2, entre outros.
Além de calcular os valores médios horários das variáveis medidas e calculadas, os computadores de vazão geram arquivos de configuração essenciais para auditorias, conhecidos como “Electronic Flow Measurements Reports”, conforme as normas API#21.1 e API#21.2. Esses relatórios incluem bancos de dados de alarmes, eventos e históricos de medição, contribuindo para uma gestão eficiente dos dados.
Adicionalmente, esses sistemas podem controlar amostradores automáticos, provadores e rotinas como “master meter” e “split range”, que ajudam a extender a faixa operacional. Sua capacidade de comunicação é outra característica notável, permitindo a interação tanto com sistemas de supervisão quanto com instrumentos, medidores e analisadores, utilizando pulsos, 4-20 mA e protocolos digitais.
Contudo, a configuração e parametrização desses dispositivos exigem tempo e conhecimento técnico, envolvendo conceitos de medição, instrumentação e automação. Portanto, é fundamental não apenas conservar a “caixa registradora”, mas também valorizar os técnicos e engenheiros que operam esses sistemas com competência.