Análise Crítica dos Certificados de Calibração: Garantindo a Conformidade e Eficiência na Medição Fiscal

O processo de análise crítica dos certificados de calibração sempre foi um elemento central na garantia da confiabilidade dos instrumentos, mas, no setor de óleo e gás, exige uma atenção adicional. Muitas vezes, há uma confiança excessiva no certificado sem questionar se o equipamento realmente está apto para uso nas condições específicas de operação. A análise crítica precisa considerar se o fluido usado na calibração possui características semelhantes ao fluido da operação, dentro de variações aceitáveis de massa específica, viscosidade, temperatura e pressão.
Além disso, ao comparar o fator de medição (meter factor) entre calibrações, é fundamental verificar se houve algum evento de falha presumida, que indicaria a necessidade de ajuste. A conformidade deve incluir a quantidade de pontos de verificação de acordo com a rangeabilidade, e assegurar que a faixa calibrada do instrumento seja adequada às condições reais de operação. Por exemplo, transmissores de temperatura, pressão diferencial e pressão estática precisam estar calibrados para a faixa efetiva de uso; de outra forma, a precisão pode ser comprometida.
Infelizmente, é comum que os certificados atendam a requisitos mínimos, como templates aprovados pelo INMETRO, sem uma avaliação completa da adequação do equipamento às especificações operacionais reais. No caso dos certificados de inspeção dimensional, a ausência de detalhes essenciais para a correta avaliação, como acidentes a montante, beta da placa e a norma de projeto, pode gerar um atestado de conformidade baseado em premissas inadequadas.
Assim, a análise crítica não deve se limitar a preencher checklists padronizados, mas sim ser um processo meticuloso que aborde todos os aspectos técnicos necessários para garantir a precisão e confiabilidade das medições.

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