A aquisição de instrumentos e medidores para sistemas de medição fiscal e de transferência de custódia exige um parecer técnico criterioso. Esse processo é essencial para garantir que o equipamento ofereça baixas incertezas e uma boa rangeabilidade (a razão entre a vazão máxima e mínima). A falta de padronização na forma como os fabricantes apresentam o desempenho dos seus equipamentos torna essa avaliação ainda mais crucial.
Por exemplo, um valor de acuracidade de 0,1% pode ser aplicado em bases diferentes, resultando em impactos variados. Em um ponto de medição de 4 bar, esse valor pode representar incertezas de 0,1% a 0,5%. Quanto menor o valor medido, maior o impacto, afetando diretamente a rangeabilidade. Com a incerteza aumentada, o sistema pode atingir rapidamente o limite máximo admissível em fluxos baixos. Em muitos casos, o fornecedor especifica uma acuracidade de 0,1%, conforme solicitado, mas se a especificação técnica não for bem-feita e não houver uma verificação detalhada da proposta técnica, o desempenho real do equipamento pode não atender às necessidades operacionais. Um parecer técnico detalhado garante que a operação não dependa apenas de promessas de desempenho, mas sim de uma análise fundamentada.